Título Original: Watermelon
Autora: Marian Keyes
ISBN: 978-85-268-0916-5
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2012
Páginas: 490
Sinopse: Foi demais da conta para Claire o dia do nascimento da sua filha. Ao acordar no quarto do hospital depara com o marido olhando-a na cama. Deduzindo tratar-se de algum tipo de sinal de respeito, ela nem suspeita de que ele soltará a notícia da sua iminente separação: “Ouça, Claire, lamento muito, mas encontrei outra pessoa e vou ficar com ela. Desculpe quanto ao bebê e todo o resto, deixar você desse jeito...” Em seguida, dá meia-volta e deixa rapidamente o quarto. De fato, ele sai quase correndo. Com 29 anos, uma filha recém-nascida nos braços e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal! Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e um pai à beira de um ataque de nervos. Depois de muitos dias em depressão, bebedeira e choro, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. E começa a se sentir melhor. Aliás, bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece, paea convence-la a assumir a culpa por te-lo jogado nos braços de outra mulher. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...
***
Senhoras e senhores vos apresento Claire. Uma mulher como
tantas de nós. Cheia de medos e insegurança, principalmente quando é obrigada a
sair de sua zona de conforto, que foi o que de fato acontece e onde a história
começa. É narrado em primeira pessoa, por ela mesma.
Claire tem um casamento perfeito, com um marido
aparentemente perfeito também. Muito cuidadoso, dedicado, amoroso, enfim. Não
cabem aqui tantos elogios a ele. E pra melhorar tudo isso está à espera de um
lindo bebê. Uma menina.
Mas o que menos ela esperava acontece. Logo após seu parto
quando tudo parece estar bem, seu marido, James, a deixa, dizendo que estar
apaixonado por outra mulher e que está indo viver com ela. Claire volta para a casa de seus pais, na
calmaria de Dublin (ela morava em Londres com seu marido) e lá passa por um
período de profunda tristeza, não estudo psicologia, mas diria que passou por
uma depressão, passando pala fase de humilhação, profunda tristeza, e revolta (acho
que não preciso me prolongar aqui sobre isso). Até que finalmente chega o dia
em que ela de fato “acorda do coma”, e começa a reconstruir sua vida, para
ajudar no processo ainda conhece um rapaz um pouco mais novo, Adam para
levantar sua auto estima, e fazer com que ela se sinta uma mulher atraente e
desejada novamente. Incrível como as coisas acontecem. Quando tudo realmente
parece ficar bem, seu marido aparece em Dublin, achando ela que para resolverem
as coisas do divorcio, mas para sua surpresa, não sabendo mais ela, se surpresa
boa ou ruim, ele quer reatar com ela. Claro que para ela seria muito cômodo e
aparentemente certo voltar com ele, afinal eles tinham uma filha e seria justo
com ela que crescesse num lar com um pai e uma mãe. Ela resolve reatar, mas por
obra do destino, ou não, ela vai descobrindo pelos amigos outra versão da que
James contou a ela justificando o motivo que o levou a troca-la por outra, onde
ela vai ter que repensar em tudo novamente.
Um livro inteiramente apaixonante. Te instiga a tomar suas
decisões por mais difíceis que sejam, e por medo dessa decisão ser a errada
optamos pelo mais cômodo, o que vai causar menos danos a nós e os outros, mas
infelizmente, nem sempre esse é o melhor caminho. Aquela velha e tão conhecida
frase que ouvimos pelo menos três vezes (no mínimo) em nossas vidas: “Tudo
passa”. E quando passa, tudo fica mais claro. E vemos que foi feito o que
realmente teria que ter sido feito (Parei! Começou a ficar clichê demais isso
aqui). É aquele livro que te diverte, mas também te faz refletir sobre certas coisas da vida.
O universo é maravilhosamente incrível e tão natural, tão
perto da normalidade. Refiro-me não somente a história em si, mas nos
personagens. São tão reais. Mas o final me “decepcionou” um pouco por fugir um
pouco dessa realidade tão viva durante o livro. Um fim para os românticos que
adoram sonhar e acredita que no fim tudo sempre dá certo. Mas quem disse que
não da? ;)
Adorei esse livro
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