sábado, 24 de maio de 2014

Resenha: A Linguagem das Flores - Vanessa Diffenbaugh

Título: A Linguagem das Flores
Título Original: The Language of Flowers
Autora: Vanessa Diffenbaugh
ISBN: 978-85-8041-017-4
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Páginas: 304

Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.

***

Um livro comovente, encantador e simples. Ele é narrado por Victória, a personagem principal, que vai contando sua história no presente momento, e voltando sempre ao passado. O que é importante para entender a trama. Uma história fascinante e muito bem escrita.
De início não tive muita simpatia por Victória. Ao que aparentava, era uma menina difícil e nada dócil, mas como tudo tem um porquê, foi fácil associar essa sua personalidade forte com a vida que tivera. Uma vida em casas de adoção e lares provisórios, privada do amor de uma família, ela não se permite ter nenhum vínculo com nínguém e odeia ser tocada. O mundo de Victória, para ela, poderia ser no meio das flores, com os pés descalços e mãos enterrados em terra úmida. Esse era o lugar que ela se sentia em paz consigo mesma. Ao completar 18 anos, ela consegue um emprego numa floricultura, onde a dona, Renata, logo descobre o quão boa ela era e seus serviços eram sempre requisitados. Victória conhecia a linguagem das flores. Sabia o que cada flor transmitia. Tanto as mensagens boas, quanto as ruins. Nesse mundo das flores era conhece Grant, um jovem rapaz que também conhece essa linguagem, e os dois começam a se comunicar com isso, enviando um para o outro mensagem secretas pelas flores. E a partir daí, devorei enlouquecidamente cada palavra, cada página. Na verdade Grant não é só um novo personagem, mas não posso falar mais que isso (que aflição não poder contar tudo logo, mas esperemos cada surpresinha reservada).
Além de abordar um tema muito bom de uma forma puramente real, que é a adoção, ele também aborda a questão do amor materno, o que para mim foi uma das partes mais emocionantes do livro.
Hoje, depois desse livro, nunca mais olharei as flores com os olhos de antes. E sempre, que ganho ou quero comprar uma, corro no dicionário que tem no final, para olhar a mensagem que cada uma quer transmitir. Sabendo disso, fica tão emocionante presentear com elas, além do livro também ser ótimo para presentear e ser presenteado(a).
Ah, tenho que dizer que simplesmente adorei essa capa. E foi por ter gostado tanto dela que comprei o livro. Na época nunca tinha ouvido falar sobre ele, e digo que foi uma das minhas melhores aquisições.





Sobre a Autora: Nascida em San Francisco e criada na Califórnia. Depois de estudar a escrita criativa e pedagogia em Stanford. Lecionou arte e redação para jovens de comunidades de baixa renda. 

Vanessa Diffenbaugh é também a fundadora da Camellia Network. com o objetivo de criar um movimento nacional para apoiar a transição dos jovens do orfanato e se emancipando.
Em A Linguagem das Flores, a Camellia significa "meu destino está em suas mãos".
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Permita se deixar embalar pelas canções: de Ana Larousse


Leveza, suavidade e delicadeza.
Essa é Ana Larousse. Suas músicas conseguem ter a mistura perfeita de solidão, poesia e aconchego ao mesmo tempo.

A própria define seu primeiro disco, Tudo Começou Aqui, como " um jeito de sublimar qualquer tristeza e bagunçar o coração de quem ouvir."


Selecionei algumas das melhores, se é que eu posso dizer que existem melhores.
Enfim, deliciem-se.



1- Tanta Gente;
"E eu sei, no fundo, a gente só quer se desprender desses dias ruins
Eu sei a gente se sente tão só
Mas sinto muito toda gente é toda só"





2 - Café a Dois;
"E quando eu não lembrar de mais nada,
Nem das rugas, nem dos anos,
Nem dos nomes, e nem do frio,
Vou querer te contar como foi o meu dia
E passear, te dizer o que eu quero pro jantar.." 






3 - A Desenhista;
"Lembro bem do dia em que você chegou
Como quem não ia mais sair
Chá de tangerina, velhas cartas não abertas, sala pro chá das seis (...)"





4 - Vai Menina;
"Vai menina,
Põe teu rosto de sorriso, teu vestido azul tão lindo, põe teu jeito de brincar
Vai menina,
Com teus olhos de mercúrio, colecione vagalumes p
orque a noite logo vem."




5 - Uma Canção Para Um Amor Dormir;
"Sabe o que eu só quis foi nos fazer sorrir
E você que tanto resistiu a mim
E aqui ficou um pedacinho da tua dor
Que me incomoda mais do que não ter amor nenhum"



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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Melhores Frases/ Trechos Marcantes: A Linguagem Das Flores - Vanessa Diffenbaugh



"Agora, adulta, minhas esperanças para o futuro eram simples: queria ficar sozinha, cercada de flores." (Pág. 23)



"Sentia-me tão diferente da garota que havia chegado ali quase um ano antes que todas as manhãs  ficava olhando meu rosto no espelho do banheiro, procurando sinais físicos da mudança que eu sabia que tinha ocorrido." (Pág. 135)



"No que dizia respeito ao aprofundamento de nossa relação, eu sentia medo e desejo em partes iguais e imprevisíveis." (Pág. 156)



"Minha pele se arrepiava sob o seu olhar, como se meu corpo se estendesse para ele sem a permissão da minha mente." (Pág. 161)



"Ela era perfeita. Soube disso no instante em que saiu do meu corpo, branca, molhada e chorando. Além dos indispensáveis 10 dedos nas mãos e nos pés, do coração pulsante, dos pulmões que inspiravam e expiravam, minha filha sabia gritar. Ela sabia se fazer ouvir. Sabia estender a mão e se agarrar ao peito. Sabia o que precisava fazer para sobreviver. Não sei como tanta perfeição pôde se desenvolver num corpo tão imperfeito quanto o meu, mas, quando olhei para o seu rosto, vi claramente que tinha sido possível." (Pág. 205)


"Segurando nos braços minha filha recém-nascida, senti como se tudo no mundo que até então estivera fora do meu alcance agora fosse possível." (Pág. 206)



"Naquele mesmo instante, eu soube que você se sentia indigna, que acreditava ter defeitos imperdoáveis. 
 (...) 
- Você acha mesmo que é o único ser humano que tem defeitos imperdoáveis? Que foi mágoado quase a ponto de entrar em colapso?" (Pág. 255)



"Senti meu estômago embrulhar e meu olhos se encherem d'água ao recordar meu amor por ela naquele momento, devastador e incapacitante." (Pág. 268)



"O som agudoa abriu uma rachadura fina na casca de noz que envolvia meu coração, tão perfeitamente quanto teria partido uma delicada taça de cristal." (Pág. 279)



"Se fosse verdade que o musgo não tinha raízes, que o amor materno poderia crescer espontaneamente, vindo do nada, talvez eu tivesse me enganado ao me julgar incapaz de amar minha filha. Talvez os indiferentes, os rejeitados, os mal-amados pudessem aprender a dar amor com tanta abundância quanto qualquer pessoa...e eu aprenderia a amá-la como uma mãe ama sua filha, de forma imperfeita e sem raízes." (Pág. 282)

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