sábado, 11 de outubro de 2014

Melhores Frases: Melancia - Marian Keyes




“Apesar de toda minha conversa sobre independência, eu era, de fato, do fundo do coração, uma pessoa muito romântica.” (Pág. 18)



“Eu podia mais ou menos lembrar a dor, mas ela não tinha mais o poder de me ferir.” (Pág. 20)



“Mas a banda continua a tocar mesmo quando ninguém está dançando.” (Pág. 22)



“Acho que existe uma parte no cérebro de uma pessoa – certamente há no meu – que se mantém de vigia em alguma elevação rochosa, no alto das montanhas, esperando sinais de perigo. E sinaliza de volta para o resto do cérebro, quando enxerga o perigo.” (Pág. 23)



“Até então, suponho que pensava que a vida repartia as coisas desagradáveis para mim em pequenos pedaços e espaços irregulares. Nunca me dava mais do que eu podia enfrentar de cada vez.” (Pág. 27)



“Se as pessoas se comportassem como vítimas, tonar-se-iam vítimas.” (Pág. 27)



“- E agora, o que eu faço? (...)
 - Você, simplesmente, tem de passar por tudo isso. (...). É só o que pode fazer. Não tende entender, você enlouqueceria.” (Pág. 50)



“Eu me sentia como se estivesse no inferno.
 E compará-lo com o inferno de outra pessoa não diminui em nada a dor do meu.” (Pág. 60)



“ Anna era como uma flor exótica, acostumada com climas tropicais e lançada de repente num país úmido e frio. Como poderia sobreviver? Só poderia desbotar e secar, e suas belas pétalas, de cores vivas, ficariam murchas e marrons, e desapareceria seu perfume delicado.” (Pág. 75)



“A paisagem do deserto muda muito gradualmente, enquanto leves brisas erguem grãos de areia e os movimentam, algumas vezes poucos centímetros, outras muito quilômetros, de modo que, no fim do dia, quando o sol se põe, a face do deserto está completamente diferente da paisagem que havia de manhã, quando o sol se levantou sobre ele. Do mesmo modo, minúsculas mudanças se passavam em mim.

Mas eram pequenas demais para que eu a notasse, enquanto iam acontecendo.” (Pág. 87)



“Se você deixa de tem alguém ou alguma coisa, sente sua perda e, depois, passado algum tempo, preenche o buraco que ficou em sua vida, a ausência, aos poucos, fica cada vez menor e, afinal, desaparece. Há um sentido na dor. Há um motivo e uma direção para ela.” (Pág. 92)



“Um pequeno período com o coração partido tem seu valor.” (Pág. 151)



“Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito.” (237)



“Como disse alguém certa vez – alguém infeliz, sarcástico, um misantropo: ‘Liberdade é apenas mais uma palavra para definir a situação de quem não tem mais nada a perder.’” (Pág: 273)



“Uma livraria para mim era como uma Caverna de Aladim. Mundos e vidas inteiros podem ser encontrados logo atrás das capas lustrosas. E tudo o que você precisa fazer é olhar” (Pág. 275)



“Relacionamentos frustrados podem ser descritos como muita maquilagem desperdiçada.” (Pág. 352)



“A pessoa deseja uma coisa tão profundamente, que dói. E então, quando essa coisa é obtida, embora precise de muita restauração, renovação, derrubada de paredes, nova fiação elétrica e canos novos, ela pensa: “Mas que diabo! Não quero mais isso. Vou me conformar com algo menor, sem jardim, pelo menos já pronto.”


“Não é sinal de fraqueza amar alguém e algumas vezes sentir-se inseguro. É humano.” (Pág. 433)



“Sabia que fizera a coisa certa. Pelo menos pensava ter feito. Mas acontece que aquilo era a vida real, e nenhuma decisão era inteiramente clara. Não é como virar no lugar certo e conseguir a felicidade para sempre ou virar no lugar errado e sua vida se tranformar num desastre. Na vida real, muitas vezes é quase impossível dizer qual a decisão que se deve tomar, porque o que se ganha e o que se perde muitas vezes são equivalentes.” (Pág. 440)



“Quisera deixar minha dor debaixo do meu travesseiro e descobrir que, de manhã, ela desaparecera. Nem me incomodaria, se não houvesse dinheiro algum deixado no lugar.
Mas não havia nenhuma cura mágica, não havia nenhuma Fada dos Relacionamentos. Já percebera isso há muito tempo.
Tinha de passar por aquilo sozinha. Percebi que precisava ser paciente. O tempo me permitiria saber se eu tomara a decisão certa.” (Pág: 444)



“Ninguém pode fazer o amor renascer, depois que este deu seu suspiro final.” (Pág. 449)



“Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?” (Pág.459)



“Ninguém sabe o quanto é forte, até precisar ser.” (Pág. 461)


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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Resenha: Melancia - Marian Keyes

Título: Melancia
Título Original: Watermelon
Autora: Marian Keyes
ISBN: 978-85-268-0916-5
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2012
Páginas: 490

Sinopse: Foi demais da conta para Claire o dia do nascimento da sua filha. Ao acordar no quarto do hospital depara com o marido olhando-a na cama. Deduzindo tratar-se de algum tipo de sinal de respeito, ela nem suspeita de que ele soltará a notícia da sua iminente separação: “Ouça, Claire, lamento muito, mas encontrei outra pessoa e vou ficar com ela. Desculpe quanto ao bebê e todo o resto, deixar você desse jeito...” Em seguida, dá meia-volta e deixa rapidamente o quarto. De fato, ele sai quase correndo. Com 29 anos, uma filha recém-nascida nos braços e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal! Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e um pai à beira de um ataque de nervos. Depois de muitos dias em depressão, bebedeira e choro, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. E começa a se sentir melhor. Aliás, bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece, paea convence-la a assumir a culpa por te-lo jogado nos braços de outra mulher. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...


***


Senhoras e senhores vos apresento Claire. Uma mulher como tantas de nós. Cheia de medos e insegurança, principalmente quando é obrigada a sair de sua zona de conforto, que foi o que de fato acontece e onde a história começa. É narrado em primeira pessoa, por ela mesma.

Claire tem um casamento perfeito, com um marido aparentemente perfeito também. Muito cuidadoso, dedicado, amoroso, enfim. Não cabem aqui tantos elogios a ele. E pra melhorar tudo isso está à espera de um lindo bebê. Uma menina.
Mas o que menos ela esperava acontece. Logo após seu parto quando tudo parece estar bem, seu marido, James, a deixa, dizendo que estar apaixonado por outra mulher e que está indo viver com ela.  Claire volta para a casa de seus pais, na calmaria de Dublin (ela morava em Londres com seu marido) e lá passa por um período de profunda tristeza, não estudo psicologia, mas diria que passou por uma depressão, passando pala fase de humilhação, profunda tristeza, e revolta (acho que não preciso me prolongar aqui sobre isso). Até que finalmente chega o dia em que ela de fato “acorda do coma”, e começa a reconstruir sua vida, para ajudar no processo ainda conhece um rapaz um pouco mais novo, Adam para levantar sua auto estima, e fazer com que ela se sinta uma mulher atraente e desejada novamente. Incrível como as coisas acontecem. Quando tudo realmente parece ficar bem, seu marido aparece em Dublin, achando ela que para resolverem as coisas do divorcio, mas para sua surpresa, não sabendo mais ela, se surpresa boa ou ruim, ele quer reatar com ela. Claro que para ela seria muito cômodo e aparentemente certo voltar com ele, afinal eles tinham uma filha e seria justo com ela que crescesse num lar com um pai e uma mãe. Ela resolve reatar, mas por obra do destino, ou não, ela vai descobrindo pelos amigos outra versão da que James contou a ela justificando o motivo que o levou a troca-la por outra, onde ela vai ter que repensar em tudo novamente.

Um livro inteiramente apaixonante. Te instiga a tomar suas decisões por mais difíceis que sejam, e por medo dessa decisão ser a errada optamos pelo mais cômodo, o que vai causar menos danos a nós e os outros, mas infelizmente, nem sempre esse é o melhor caminho. Aquela velha e tão conhecida frase que ouvimos pelo menos três vezes (no mínimo) em nossas vidas: “Tudo passa”. E quando passa, tudo fica mais claro. E vemos que foi feito o que realmente teria que ter sido feito (Parei! Começou a ficar clichê demais isso aqui). É aquele livro que te diverte, mas também te faz refletir sobre certas coisas da vida.

O universo é maravilhosamente incrível e tão natural, tão perto da normalidade. Refiro-me não somente a história em si, mas nos personagens. São tão reais. Mas o final me “decepcionou” um pouco por fugir um pouco dessa realidade tão viva durante o livro. Um fim para os românticos que adoram sonhar e acredita que no fim tudo sempre dá certo. Mas quem disse que não da? ;)

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domingo, 22 de junho de 2014

Crônicas: Aquela Garota

Ela é aquela garota movida à imaginação, que mesmo com choques de realidade que a vida dá, prefere continuar a viver a sua maneira. Em seu mundo particular. De sair pintando de tons alegres qualquer vestígio de cinza do seu dia. E que transborda de alegria quando essas cores respigam na vida de outras pessoas.

Ela é aquela garota que já amou e se sentiu amada. Que já entregou seu coração, seu corpo e seus sonhos.
Que sonhou, pensou que fosse pra sempre, e um dia acabou.
Que ouviu “Eu te amo” e dias depois “Eu te traí”.
Que ouviu “Não posso mais viver sem você” e da mesma pessoa ouviu “Não consigo esquecer minha ex.”
Que sofreu e disse “não quero amar nunca mais”, mas que depois de alguns banhos demorados com a água se misturando com lágrimas, e noites mal dormidas se permitiu tudo novamente.
Ela é aquela garota que já magoou alguém que muito amou. E talvez por castigo, só percebeu isso depois de ter perdido.

Ela é aquela garota que não mais se arrepende de coisas que fez ou que deixou de fazer, pois acredita que todos os acontecimentos a moldaram para se tornar a pessoa que é.
Que admira estrelas, anda descalça, vicia em uma música e canta alto o dia todo.
Que gosta de andar de mãos dadas, de sentir frio na barriga, de criar laços com olhares.
Que vê a beleza nos detalhes de pequenos gestos.
Que gosta de bom dia, boa noite e até amanhã.

Ela é aquela garota que as amigas diziam: “Vai sair, curtir tua vida”. Mas o que essas amigas não entendiam era que ela curtia a vida dela de uma forma diferente. Que gostava de sua solidão.
Ela é aquela garota que não quer ganhar no jogo. Mas que muitas vezes perde no amor. E mesmo com isso, ainda acredita que ele (o amor) é o sentido da vida e que tudo gira em torno disso.

Ela é aquela garota que aprendeu que existem amores e amores.
Amores que nos fazem voar e depois cair de um precipício, percebendo que não teria ninguém lá embaixo pra te segurar, e outros que te ensinam a voar e confiar em suas próprias asas.


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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Melhores Frases: A Cidade do Sol - Khaled Housseini



"Mariam se sentia digna das belezas e das coisas boas que a vida tinha para oferecer." (Pág. 11)



Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher à sua frente." (Pág. 12)



"As palavras de Deus nunca vão traí-la, minha menina." (Pág. 21)



"Morria de vontade de pôr uma régua numa página em branco e traçar, ali, aquelas linhas que pareciam tão importantes." (Pág. 22)



"Então, o que posso fazer? Deus, em sua sabedoria, deu a cada um de nós algumas fraquezas, e, entre as tantas que possuo, está a incapacidade de recusar algo a você." (Pág. 22)



"Para cada tribulação e cada sofrimento que Deus nos faz enfrentar, Ele tem um motivo." (Pág. 39)



“O que a primeira neve da estação tinha de tão especial?”, pensou Mariam, “o que a tornava tão fascinante? Seria a possibilidade de ver algo ainda puro, ainda intocado? Capturar a graça efêmera de uma nova estação, um adorável começo, antes que tudo aquilo fosse pisoteado e estragado?” (Pág. 80)



“– Vou ser mãe – disse ela, em voz alta. E começou a rir sozinha, repetindo aquela frase, saboreando aquelas palavras. Quando pensava no bebê, seu coração crescia no peito. Crescia e crescia até que todas as tristezas, as dores, a solidão e o sentimento de inferioridade que haviam povoado a sua vida desapareciam por completo. Foi para isso que Deus a trouxe até aqui, fazendo-a atravessar o país de um lado a outro. Agora sabia disso.“ (Pág. 82)



“O tempo podia esticar ou encolher, dependendo da presença ou da ausência de Tariq.” (Pág. 99)



“De todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar.” (Pág. 114)



“Ninguém discute a sua existência; todos curtem a sua luz, mas ninguém a encara de frente.” (Pág. 120)



“Tem coisas que se podem aprender nos livros, mas tem outras que só mesmo vendo e sentindo.” (Pág. 132)



“– E o riso dela? (...) Era algo absolutamente dominador. Ninguém tinha a menor chance diante dele.” (Pág. 132)



“Pode contar seus segredos ao vento, mas, depois, não vá culpa-lo por contar tudo às árvores.” (Pág. 149)



“O tempo porém é o mais inclemente dos incêndios.” (Pág. 161)



"Começou a achar cada vez mais exaustivas essas tentativas de evocar, de desenterrar, de ressuscitar mais uma vez o que há muito tinha morrido." (Pág. 165)



"O amor era um erro nocivo, e sua cúmplice, a esperança, uma ilusão treiçoeira. E, onde quer que brotassem essas duas flores venenosas, Mariam as arrancava. Arrancava e jogava fora, antes que criassem raízez." (Pág. 226)



"Por mais absurdo que fosse, tinha a sensação de que valera a pena aguentar tudo o que tinham aguentado, só para viver aquele momento." (Pág. 264)



"Até mesmo quem está passando pelas maiores dificuldades consegue dormir, mas quem tem fome, não." (Pág. 270)



"(..) ela tinha dito a respeito de fraturas e colisões fortíssimas que conteciam bem lá no fundo, mas que, às vezes, nós só percebíamos como um ligeiro tremor na superfície." (Pág. 288)



"Bastava-lhe estar ali, ao lado dele. Bastava saber que ele estava ali, sentir o calor daquele corpo junto ao seu, estar deitada ao seu lado, sentir a cabeça dele roçando a sua, a mão direita dele segurando a sua esquerda." (Pág. 332)



"Se tornou algo inteiramente diferente, algo mais brando, que não machuca. Como uma espécie de lenda. Alguma coisa a ser reverenciada e não explicada." (Pág. 335)



"Em poucos anos, essa menina vai ser uma mulher que pede muito pouco da vida, que nunca incomoda ninguém, nunca deixa transparecer que ela também tem tristezas, desapontamentos, sonhos que foram menosprezados. Uma mulher que vai ser como uma rocha no leito de um rio, suportando tudo sem se queixar. Uma mulher cuja generosidade, longe de ser contaminada, foi forjada pelas turbulências que se abateram sobre ela." (Pág. 353)



"Talvez este seja um castigo justo para aqueles que não tiveram coração: só compreender isso quando não se pode mais voltar trás." (Pág. 357)


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sábado, 7 de junho de 2014

O que o dinheiro não compra.


Eu ainda acerdito na humanidade. Mesmo com os olhares de reprovação das pessoas acomodadas, que nada fazem para melhorar o mundo em que vivem, e só se importam com "o próprio umbigo". Mal sabem elas, e nunca irão saber se não se doarem um pouco ao próximo, por milésimos de segundos que seja, o que um olhar de gratidão, um sorriso sincero, um obrigada e que Deus lhe abençõe-são gestos e palavras que enriquecem, riqueza essa que ninguém nunca tirará de você. Além de melhorar o dia de alguém, o seu dia vai ganhar um colorido especial.


Assistam ao video e vejamo o que eu digo.
No coração de pessoas assim, o sol brilha sempre.


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sábado, 24 de maio de 2014

Resenha: A Linguagem das Flores - Vanessa Diffenbaugh

Título: A Linguagem das Flores
Título Original: The Language of Flowers
Autora: Vanessa Diffenbaugh
ISBN: 978-85-8041-017-4
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Páginas: 304

Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.

***

Um livro comovente, encantador e simples. Ele é narrado por Victória, a personagem principal, que vai contando sua história no presente momento, e voltando sempre ao passado. O que é importante para entender a trama. Uma história fascinante e muito bem escrita.
De início não tive muita simpatia por Victória. Ao que aparentava, era uma menina difícil e nada dócil, mas como tudo tem um porquê, foi fácil associar essa sua personalidade forte com a vida que tivera. Uma vida em casas de adoção e lares provisórios, privada do amor de uma família, ela não se permite ter nenhum vínculo com nínguém e odeia ser tocada. O mundo de Victória, para ela, poderia ser no meio das flores, com os pés descalços e mãos enterrados em terra úmida. Esse era o lugar que ela se sentia em paz consigo mesma. Ao completar 18 anos, ela consegue um emprego numa floricultura, onde a dona, Renata, logo descobre o quão boa ela era e seus serviços eram sempre requisitados. Victória conhecia a linguagem das flores. Sabia o que cada flor transmitia. Tanto as mensagens boas, quanto as ruins. Nesse mundo das flores era conhece Grant, um jovem rapaz que também conhece essa linguagem, e os dois começam a se comunicar com isso, enviando um para o outro mensagem secretas pelas flores. E a partir daí, devorei enlouquecidamente cada palavra, cada página. Na verdade Grant não é só um novo personagem, mas não posso falar mais que isso (que aflição não poder contar tudo logo, mas esperemos cada surpresinha reservada).
Além de abordar um tema muito bom de uma forma puramente real, que é a adoção, ele também aborda a questão do amor materno, o que para mim foi uma das partes mais emocionantes do livro.
Hoje, depois desse livro, nunca mais olharei as flores com os olhos de antes. E sempre, que ganho ou quero comprar uma, corro no dicionário que tem no final, para olhar a mensagem que cada uma quer transmitir. Sabendo disso, fica tão emocionante presentear com elas, além do livro também ser ótimo para presentear e ser presenteado(a).
Ah, tenho que dizer que simplesmente adorei essa capa. E foi por ter gostado tanto dela que comprei o livro. Na época nunca tinha ouvido falar sobre ele, e digo que foi uma das minhas melhores aquisições.





Sobre a Autora: Nascida em San Francisco e criada na Califórnia. Depois de estudar a escrita criativa e pedagogia em Stanford. Lecionou arte e redação para jovens de comunidades de baixa renda. 

Vanessa Diffenbaugh é também a fundadora da Camellia Network. com o objetivo de criar um movimento nacional para apoiar a transição dos jovens do orfanato e se emancipando.
Em A Linguagem das Flores, a Camellia significa "meu destino está em suas mãos".
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Permita se deixar embalar pelas canções: de Ana Larousse


Leveza, suavidade e delicadeza.
Essa é Ana Larousse. Suas músicas conseguem ter a mistura perfeita de solidão, poesia e aconchego ao mesmo tempo.

A própria define seu primeiro disco, Tudo Começou Aqui, como " um jeito de sublimar qualquer tristeza e bagunçar o coração de quem ouvir."


Selecionei algumas das melhores, se é que eu posso dizer que existem melhores.
Enfim, deliciem-se.



1- Tanta Gente;
"E eu sei, no fundo, a gente só quer se desprender desses dias ruins
Eu sei a gente se sente tão só
Mas sinto muito toda gente é toda só"





2 - Café a Dois;
"E quando eu não lembrar de mais nada,
Nem das rugas, nem dos anos,
Nem dos nomes, e nem do frio,
Vou querer te contar como foi o meu dia
E passear, te dizer o que eu quero pro jantar.." 






3 - A Desenhista;
"Lembro bem do dia em que você chegou
Como quem não ia mais sair
Chá de tangerina, velhas cartas não abertas, sala pro chá das seis (...)"





4 - Vai Menina;
"Vai menina,
Põe teu rosto de sorriso, teu vestido azul tão lindo, põe teu jeito de brincar
Vai menina,
Com teus olhos de mercúrio, colecione vagalumes p
orque a noite logo vem."




5 - Uma Canção Para Um Amor Dormir;
"Sabe o que eu só quis foi nos fazer sorrir
E você que tanto resistiu a mim
E aqui ficou um pedacinho da tua dor
Que me incomoda mais do que não ter amor nenhum"



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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Melhores Frases/ Trechos Marcantes: A Linguagem Das Flores - Vanessa Diffenbaugh



"Agora, adulta, minhas esperanças para o futuro eram simples: queria ficar sozinha, cercada de flores." (Pág. 23)



"Sentia-me tão diferente da garota que havia chegado ali quase um ano antes que todas as manhãs  ficava olhando meu rosto no espelho do banheiro, procurando sinais físicos da mudança que eu sabia que tinha ocorrido." (Pág. 135)



"No que dizia respeito ao aprofundamento de nossa relação, eu sentia medo e desejo em partes iguais e imprevisíveis." (Pág. 156)



"Minha pele se arrepiava sob o seu olhar, como se meu corpo se estendesse para ele sem a permissão da minha mente." (Pág. 161)



"Ela era perfeita. Soube disso no instante em que saiu do meu corpo, branca, molhada e chorando. Além dos indispensáveis 10 dedos nas mãos e nos pés, do coração pulsante, dos pulmões que inspiravam e expiravam, minha filha sabia gritar. Ela sabia se fazer ouvir. Sabia estender a mão e se agarrar ao peito. Sabia o que precisava fazer para sobreviver. Não sei como tanta perfeição pôde se desenvolver num corpo tão imperfeito quanto o meu, mas, quando olhei para o seu rosto, vi claramente que tinha sido possível." (Pág. 205)


"Segurando nos braços minha filha recém-nascida, senti como se tudo no mundo que até então estivera fora do meu alcance agora fosse possível." (Pág. 206)



"Naquele mesmo instante, eu soube que você se sentia indigna, que acreditava ter defeitos imperdoáveis. 
 (...) 
- Você acha mesmo que é o único ser humano que tem defeitos imperdoáveis? Que foi mágoado quase a ponto de entrar em colapso?" (Pág. 255)



"Senti meu estômago embrulhar e meu olhos se encherem d'água ao recordar meu amor por ela naquele momento, devastador e incapacitante." (Pág. 268)



"O som agudoa abriu uma rachadura fina na casca de noz que envolvia meu coração, tão perfeitamente quanto teria partido uma delicada taça de cristal." (Pág. 279)



"Se fosse verdade que o musgo não tinha raízes, que o amor materno poderia crescer espontaneamente, vindo do nada, talvez eu tivesse me enganado ao me julgar incapaz de amar minha filha. Talvez os indiferentes, os rejeitados, os mal-amados pudessem aprender a dar amor com tanta abundância quanto qualquer pessoa...e eu aprenderia a amá-la como uma mãe ama sua filha, de forma imperfeita e sem raízes." (Pág. 282)

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terça-feira, 29 de abril de 2014

Desvendando: Conversa de Botas Batidas - Los Hermanos

Sempre amei essa música, mas nunca soube seu significado real. Até hoje.
Navegando nas páginas desse mundo virtual me dei de cara com o que de fato inspirou Marcelo Camelo a compor Conversa de Botas Batidas.


Em 25 de setembro de 2002, desabou um prédio no Rio de Janeiro.
Ao ouvirem os sons dos estalos, funcionários e hospedes saíram do prédio, devido a isso evitaram muitas mortes.
Quando o porteiro do prédio estava saindo, lembrou de um certo casal que ocupava um dos quartos. Ele disse que interfonou e chegou a ir lá e bater na porta, mas como não houve resposta, saiu. Não se sabe se eles não quiseram abrir para fugir do flagrante ou sabiam do real motivo e resolveram morrer juntos.

Dias depois foram encontrados os dois corpos, nus e abraçados nos escombros do que seria uma cama. Ela era uma bancária(47 anos) e ele, professor(71 anos). Viviam um romance secreto, por isso a família do professor não queria que fosse divulgado seu nome, a fim de preservar sua imagem.

O nome do hotel era Linda do Rosário. A estrela é citada no final da música se dirige a uma enorme estrela que existia no topo do prédio.


“Uma divagação sobre uma situação real. Um senhor e uma senhora morreram num desabamento aqui no Rio, e eles eram amantes. A música é como se fosse uma conversa deles antes de o prédio desabar.”

- Marcelo Camelo. 

  

Agora sabendo da real história da música, será impossível ouvi-la sem se emocionar. Camelo conseguiu transformar uma notícia trágica, numa linda história de amor:



"Veja você, quando é que tudo foi desabar
 A gente corre pra se esconder
 E se amar, se amar até o fim
 Sem saber que o fim já vai chegar"

"Deixa o moço bater 
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar"

"Diz quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além."


Conversa de Botas Batidas é um diálogo final de um casal cansado de fugir e se esconder, e a alternativa escolhida entre eles foi a de se amar até morrer para viverem juntos no céu.


Notícias: Vítimas de desabamento no Rio
               Romance proibido
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terça-feira, 22 de abril de 2014

Diário de Uma Paixão - Nicholas Sparks

Título: Diário de Uma Paixão
Título Original: The Notebook
Autor: Nicholas Sparks
ISBN: 978-85-63219-20-6
Editora: Novo Conceito
Ano: 2010
Páginas: 244

Sinopse: "Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns, e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou."
- Noah Calhoun.
Assim tem início uma das mais emocionantes e intensas histórias de amor que você lerá na vida... O livro é o retrato de uma relação rara e bela, que resistiu ao teste do tempo e das circunstâncias. Com um encanto que raramente é encontrado na literatura atual, O Diário de uma Paixão de Nicholas Sparks, o consagra como um contador de histórias clássicas, com uma perspectiva excepcional sobre a mais importante e única emoção que nos mantém. Com mais de 12 milhões de cópias vendidas, o livro que emocionou as pessoas ao redor do mundo, foi traduzido para mais de 20 línguas.


***

Eu sou suspeita para falar desse livro. Amo de paixão. Foi onde de fato fui apresentada a Nicholas Sparks, à seu romantismo e sua narrativa extremamente envolvente.
A narrativa começa com Noah contando a própria história de uma casa de repouso, vivendo lembranças de um verão com Allison Nelson.
 Eles se conheceram durante as férias de verão de Allie, e foi ai que descobriram o amor verdadeiro. Embora muito jovens, ambos sabiam que aquele era o amor que queriam para sempre, mas esse amor foi interrompido pelos pais de Allie, que a impediram de vê-lo pelo fato da "diferença" de status entre eles.
Ela acabou voltando para sua cidade e ficando sem noticias dele, e ele, sem noticias dela.
Anos mais tarde, Allie se vê obrigada a voltar à Nova Berna, faltando apenas dias para seu casamento com Lon. Chegando e lá, ela percebe que aquele amor ainda existe em ambos os corações, e nem o tempo foi capaz de apagar aquela chama. Mas ela se pega divida entre seu passado, não tão passado assim, e o presente. Será mesmo que é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
Essa é uma verdadeira história de amor e esperança.
Aquela leitura gostosa que você não consegue largar, e vai ter fazer querer, e até fantasiar um amor como de Allie e Noah.





Sobre o Autor: Nicholas Sparks (1965) é um renomado escritor de livros românticos, e ganhou notoriedade mundial quando muitos de seus livros foram adaptados para o cinema, como "O Diário de uma Paixão", "A última música", "Querido John", "Um amor para recordar", "Uma carta de amor", "Noites de tormenta" e outros.
Nicholas nasceu em Omaha, Nebraska e passou a adolescência na Califórnia. É formado em Economia pela Universidade de Notre Dame. Seu grande sonho era ser atleta e devido a um grave acidente acabou mudando de planos, começando a trabalhar como delegado de informação médica. Neste período escreveu seu primeiro livro - O Diário de uma paixão - e vendeu os direitos a Warner.

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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Melhores frases: Diário de uma Paixão - Nicholas Sparks



"Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome, em breve, será esquecido, mas amei uma pessoa com toda com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou.
Os românticos chamariam isso de uma história de amor, os cínicos diriam que é uma tragédia." (Pág. 02)



"Com o tempo, uma pessoa pode se habituar a tudo." (Pág. 03)



"É a possibilidade que me faz continuar, não a certeza, uma espécie de aposta da minha parte. E embora você possa me chamar de sonhador, de tolo ou de qualquer outra coisa, acredito que tudo é possível." (Pág. 05)



"(...) A ciência não é a única e definitiva resposta; eu sei disso e aprendi ao longo da vida. E isso me faz acreditar que os milagres, por mais inexplicáveis ou inacreditáveis, são reais e podem acontecer sem levar em consideração a ordem natural das coisas. (Pág. 05)



"(...) As pessoas fazem isso por três motivos: ou são loucas, ou são estúpidas, ou estão tentando esquecer. E no seu caso eu sabia que era para tentar esquecer. Só não sabia o quê." (Pág. 15)



"O meu pai me contava que a primeira vez que a pessoa se apaixona muda a vida dela para sempre, e por mais que se tente, o sentimento nunca desaparece." (Pág. 15)



"Os poetas sabiam que o isolamento na natureza, longe das pessoas e das coisas feitas pelo homem, era bom para a alma, e ele sempre tinha se identificado com os poetas." (Pág. 23)



"Eu queria poder poder te dar aquilo que você está procurando, mas não sei o que é." (Pág. 26)



"Às vezes, o nosso futuro é definido por aquilo que somos, e não por aquilo que queremos." (Pág. 57)



"E, por um momento fugaz, uma minúscula fagulha de tempo que paira no ar feito vagalumes nos céus de verão, ela perguntou a si mesma se não estaria outra vez apaixonada por ele." (Pág. 64)




"Muitas vezes os poetas descrevem o amor como uma emoção que não podemos controlar, uma emoção que esmaga a lógica e o bom-senso." (Pág. 102)



"A razão pela qual dói tanto nos separarmos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham sido assim e para sempre serão. Talvez, tenhamos vivido mil vidas antes desta, e em todas elas tenhamos nos encontrado. E, talvez, em cada uma delas tenhamos sido obrigados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá. 

Quando olho para você, vejo a sua beleza e seu encanto e sei que ficaram mais fortes a cada vida que você viveu. E sei que passei todas as vidas, antes desta, procurando você. Não alguém como você, mas você, porque a sua alma e a minha têm de estar sempre juntas. E assim, por alguma razão que nenhum de nós dois entende, fomos forçados a dizer adeus.
Eu adoraria dizer que tudo vai dar certo para nós, e prometo fazer tudo que eu puder para que isso aconteça. Mas se mais voltarmos a nos encontrar, e se isto for verdadeiramente uma despedida, sei que nos veremos em outra vida. Nós nos encontraremos de novo, e talvez até lá as estrelas tenham mudado, e então nós nos amaremos, não só naquele momento, mas por todas as vidas que tivemos antes." (Pág. 122)



"Você é a resposta para todas as minha orações. Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo." (Pág. 126)



" -Você não pode viver a sua vida para os outros. Você tem de fazer o que for certo para você, mesmo que isso machuque as pessoas que você ama." (Pág. 141)



"Eu não quero passar o resto da minha vida pensando em você e sonhando com o que poderia ter sido." (Pág. 142)



“Porque aprendi que todos nós temos direito a ter nossos segredos.” (Pág. 154)



“Fique tranquila - esteja a vontade comigo…
 Enquanto o sol não rejeitar você, eu não rejeitarei você.
 Enquanto as águas não se recusarem a brilhar para você e as folhas a sussurrar para você, as minhas  palavras não se recusarão a brilhar e sussurrar para você.” (Pág. 157)



“Nada nunca está de fato perdido, nem se pode ser perdido.
Nem nascimento, identidade, forma - nenhum objeto do mundo,
Nem a vida, a força, nem qualquer coisa visível;
O corpo, preguiçoso, envelhecido, frio - as cinzas que ficaram de fogos anteriores,
hão de inflamar-se outra vez.” (Pág. 164)



"Nenhum afogado pode saber qual a gota de água que fez a sua respiração parar." (Pág. 168)



"Nas horas de luto e sofrimento eu vou abraçar e embalar você, e farei da sua tristeza a minha tristeza.Quando você chorar, eu vou chorar, e quando você sofrer, eu vou sofrer. E juntos tentaremos estancar a maré de lágrimas e desespero, e juntos vamos superar os obstáculos das esburacadas ruas da vida." (Pág. 171)



"A vida é simplesmente uma coleção de pequenas vidas, cada uma vivida um dia de cada vez. Aprendi que devemos viver cada dia encontrando beleza nas flores e na poesia e conversando com os bichos. Que não há nada melhor do que um dia com sonhos, pores do sol e brisas refrescantes. Mas, acima de tudo, aprendi que a vida é me sentar em bancos junto a riachos antigos com a minha mão sobre o joelho dela,e às vezes, nos dias bons, me apaixonar." (Pág. 180)



“Um toque terno que termina em beijo sem pressa há de despertar de novo o amor em meio à alegria”. (Pág. 182)



“Você é a coisa mais próxima de um anjo que já encontrei na vida.” (Pág. 204)
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sexta-feira, 21 de março de 2014

Resenha: Sushi - Marian Keyes

Título: Sushi
Título Original: Sushi for Beginners
Autor: Marian Keyes
ISBN: 978-85-286-1077-2
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2012
Páginas: 574

Sinopse: "Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo.

***

O livro é narrado em terceira pessoa, e conforme dito acima, a história gira ao redor de três mulheres: Ashling, Lisa e Clodagh. Cada uma com uma personalidade marcante e suas particularidades. Começarei falando de Lisa, uma mulher que vive para o trabalho e até seu relacionamento foi afetado por isso. Tem uma resposta na ponta da língua pra tudo. Arrogante e decidida, não mede esforços para conseguir o que quer.
Ashling. Ah, Ashling. a senhorita quebra-galho, que anda com um kit de primeiro socorros na bolsa e está sempre disposta a ajudar quem quer que seja. Superticiosa, adora um tarô, horóscopo e seu buda da sorte. Às vezes se pega deprimida por não poder resolver os problemas do mundo, como por exemplo, abrigar e conseguir um emprego para todos o moradores de rua.
E por fim, Clodagh. A mulher "perfeita", com a vida aparentemente perfeita. Vive pra Dylan, seu marido lindo, romântico, trabalhador e dois filhos não tão calmos e compreensivos. Anda inquieta, reformando cômodos da casa em períodos muito curtos de tempo, pois precisa de mudanças, provavelmente na vida também.

Gostei bastante do livro. O primeiro que li da Marian Keyes e se outros tiverem o mesmo "espirito", já virei fã.
A história é legal, você ama ou cria antipatia pelos personagens, em algum momento você se identifica com algum deles. Ri e chora. Quantas vezes numa página que te deixa um pouco tensa, vem seguida de uma gargalhada?!
Tenho que falar sobre o título. O original se chama "Sushi para Iniciantes", achei que ficaria melhor se tivessem utilizado ele. Ou "Salsa e Sushi". Lá na frente vocês vão entender e se deliciar quando descobrirem o porquê.







Sobre a Autora: Marian Keyes é uma das romancistas irlandesas mais bem sucedidas de todos os tempos. Estudou direito e contabilidade. embora sem nunca ter exercido a profissão. Morou em Londres por muitos anos, trabalhando ora como garçonete ora em escritórios. Neste mesmo período começou sua luta contra o vício do alcoolismo e, inclusive, uma tentativa de suicídio . Depois de vencida a batalha, alcançou o sucesso como escritora. Embora ela não tinha intenção de alguma vez escrever um romance.
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sábado, 15 de março de 2014

Melhores Frases/ Trechos Marcantes: Sushi - Marian Keyes



"As pessoas sempre gravitam em direção aos seus afins." (Pág. 38)



"Não podia me dar o que eu queria, mas isso não é motivo para eu ter ódio dele." ( Pág. 47)



"Tudo o que Ashling sabia era que quase nunca se sentia completa. Mesmo nos seus momentos de maior realização, algo permanecia eternamente ausente, lá no mais íntimo do seu ser. Como aquele pontinho semelhante a um orifício que fica no negro da tela quando a televisão é desligada a noite." (Pág. 53)



"Desde que ele fora embora, a solidão soprava por dentro dela como um vento frio e triste." (Pág. 59)



"Lisa percorria o caminho sombrio de sua vida como uma sonâmbula. Embora uma sonâmbula bem-vestida e prepotente." (Pág. 95)



"Quando Deus fez o tempo, fez em boa quantidade." (Pág. 104)



"Se por um lado Ashling de fato pensava em coisas virulentas, por outro raramente se permitia dar vazão a elas, devido à nervosa suspeita de que tudo que vai, volta." (Pág. 105)



"Ninguém pode ser bom em tudo. Sou equilibrada." (Pág. 110)



"Os passos eram bastante básicos. Era a elegância com que a pessoa os executava que fazia a diferença." (Pág. 111)



"A depressão era um sentimento que acometia os outros quando suas vidas deixavam a desejar em termos de brilho. O mesmo que solidão. Ou tristeza." (Pág. 175)



"Ele devia ser o tipo de pessoa cujo poder de atração cresce com o convívio." (Pág. 293)



"- Você não gosta de mim o bastante para brigar comigo.
 Jack fixou nela seus olhos sombrios, e esperou um bom tempo antes de dizer a inegável verdade:
 - Mas, quando as pessoas se gostam, não devem viver apertando o pescoço uma da outra.
 - Conversa fiada – Disse Mai, veemente. – Se as pessoas não brigam, não fazem as pazes. Todos aqueles gritos e portas batidas mantêm a nossa paixão acesa. 
Jack escolheu com todo cuidado as palavras que diria em seguida. Com uma delicadeza insuportável, aventou:
 - Ou talvez apenas disfarcem o fato de que o sentimento não é tão grande assim." (Pág. 357)



"Todos aqueles meses separados sofreram um efeito-sanfona , que os condensou em menos de um segundo." (Pág. 360)



"O primeiro beijo foi frenético, um choque de dentes contra dentes. Tentando fazer coisas demais de uma só vez, ele puxou os cabelos dela, puxou seu spencer, beijou-a com força excessiva e, logo em seguida, arrancou a própria camisa.
- Peraí, peraí, peraí. – Parecendo exausto, encostou as costas nuas na porta.
- Que foi? – Murmurou ela, embotada à vista de seu peito musculoso e brunido.
- Vamos começar de novo. – Ele a puxou contra si com toda a delicadeza. Ela escondeu o rosto em seu peito. O cheiro especial de Oliver. Até então esquecido, mas logo relembrado por seu olfato com um impacto estupidificante, imperioso. Apimentado, a um tempo doce e picante, algo único e indescritível que não vinha de nenhum sabonete, colônia ou roupa. Um cheiro que era simplesmente ele. A sensação de familiaridade trouxe-lhe lágrimas aos olhos.
Com uma fragilidade intolerável, ele depôs um beijo no canto de sua boca. Como se fosse pela primeira vez. Em seguida, outro beijo, enquanto roçava o nariz em sua face. E mais outro. Avançando lentamente para o centro, criando um prazer que era quase indistinguível de dor.
Sem se mover, quase sem respirar, ela o deixava aplicar seus beijos." (Pág.366 e 367)



"Com Oliver, não era preciso assumir o comando da situação. Ele sabia exatamente o que fazer. E ninguém fazia melhor." (Pág. 367)



"Ela conseguiu rir por entre as lágrimas, mas sua garganta doía como se estivesse entalada com um pedregulho." (Pág. 371)



"Existem outras coisas na vida além de ser a melhor." (Pág. 391)



"A falta de imaginação era um grande trunfo, pois impedia que a pessoa enlouquecesse." (Pág. 405)



"Cada detalhe de sua linguagem corporal era um convite." (Pág. 450)



"- Só consigo enxergar as coisas tristes. E estão em toda parte. Somos como os sobreviventes de uma guerra, nós, a raça humana inteira." (Pág. 493)



"- As revelações são como os ônibus, não são? - Perguntou, maravilhada. - Não passa nenhum durante horas e, de repente, passam três de uma vez." (Pág. 542)



"Eu gostava dele, mas, em parte, pelas razões erradas." (Pág. 543)



"No começo não se dera conta, limitando-se a supor que se tratasse de um episódio isolado. Seguido por outro episódio isolado. E mais outro. Mas em que momento um conjunto de episódios isolados deixa ser um conjunto de episódios isolados para se transformar numa série?" (Pág. 548)



" - Jack, posso te perguntar por que você quer ter um... Você sabe... Comigo?
Ela levantou os olhos para ele no mesmo momento em que os dele voltavam para ela, e os dois olheres se chocaram com força. Ela ficou sem fôlego e sentiu uma onda de excitação, como se minúsculos peixinhos subcutâneos mordiscassem sua pele.
 - (..) Você está interferindo no meus planos de dominar o mundo.
Mas o que isso queria dizer?
 - Não consigo pensar em mais nada além de você. - Disse ele, com a máxima naturalidade. - Está afetando tudo." (Pág. 550)



"- Tudo bem - Ele assentiu, lendo nas entelinhas. - Que tal ir à minha casa? Você disse que me ensinaria a dançar.
Ela nunca disse tal coisa, mas deixou passar.
 - Eu ainda acho que você gostaria de sushi, se me desse um voto de confiança - acrescentou ele, melancólico.
 - Todos os votos de confiança que você quiser." (Pág. 551)



"Sobre uma pequena mesa, ele dispusera os pauzinhos, o molho se soja, o gengibre e os demais apetrechos e ingredientes, e então, com um capricho exasperante, pôs-se a preparar os rolinhos de arroz para Ashling.
- Não é nada exótico demais - assegurou ele. - É sushi para...
- ... iniciantes, já sei. - Ela se sentiu profundamente comovida, de uma maneira que teria sido impossível seis meses antes, quando sua alma estava com defeito." (Pág. 552)



"Com os olhos na altura do queixo dele, ela pensou distaída: Ele precisa fazer a barba. Era importante pensar em coisas normais num nomento desses. Porque, em outro canto de sua consciência, rolava outro tipo de pensamento." (Pág. 554)

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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Resenha: O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern

Título: O Livro do Amanhã
Título Original: The Book of Tomorrow
Autor: Cecelia Ahern
ISBN: 9788581630342
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 368

Sinopse: Nascida no luxo, Tamara Goodwin, de 16 anos, nunca precisou olhar para o amanhã, até que a morte abrupta de seu pai deixa a ela e a sua mãe uma montanha de dívidas e as obriga a se mudarem para a casa dos tios de Tamara, em um vilarejo no interior. Solitária e entediada, a única diversão de Tamara é uma biblioteca itinerante. E ali, ela encontra um livro muito misterioso. Tamara vê inscrições com sua própria letra e datadas para o dia seguinte. Quando tudo acontece exatamente como o livro previa, ela percebe que pode ter encontrado a solução para seus problemas. No entanto, Tamara descobre que é melhor não virar algumas páginas e que, apesar de muito tentar, não pode mudar o destino.

***

Tamara, uma menina de 16 anos (aparentemente mais velha), muito mimada e  malcriada. Sempre tinha tudo o que queria e vivia sua vida da maneira que desejava. Até, um dia encontrar seu pai, George Goodwin, no chão se seu escritório em casa. Cometera um suicídio, e com isso vieram a tona coisas que seu pai havia escondido da familia, estavam afundados em dívidas, tiveram que vender todas as suas propriedades, inclusive a casa onde moravam. Tiveram que se mudar para uma casa no campo, de Arthur (irmão de de sua mãe, Jennifer), e Rosaleen (sua esposa), e deixar para trás todo o "conforto" da cidade. Tamara odiava aquele lugar, já sua mãe parecia se sentir bem ali, levando em conta o estado de luto em que se encontrava.

"A ideia de que o luto sobrecarrega a pessoa com dor e todas as outras emoções. Me sinto assim: mais pesada, como se tivesse que me arrastar por aí, tudo é um esforço, é sombrio e é uma merda. Como se tivesse a mente continuamente cheia de pensamentos que nunca me ocorreram antes, o que me causa dor de cabeça. Mas mamãe...?
"Mamãe parece mais leve. O luto não parece nem sequer oprimi-la. Em vez disso, me dá a impressão de que se afasta e alça voo, como se a meio caminho do ar, e ninguém mais liga nem nota, e sou a única que me mantenho embaixo, segurando-a na altura dos tornozelos, e tento puxá-la de volta à terra." 

Arthur, um homem de poucas palaras e Rosaleen, uma mulher sempre dedicada e preocupada com os outros. Mas apesar da simplicidade que é mostrada, eles escondem muitos segredos.
Na história, aparece Irmã Ignatius, uma freira super simpática, que se torna grande amiga de Tamara. Ela (Tamara), também conhece Marcus e sua biblioteca intinerante (dentro de ônibus), o que foi mais ou menos como uma valvula de escape para ela, naquele momento.

"— Muito bem. — Ele riu e desligou o motor. — Vamos a outro lugar.
— Não precisa do motor ligado para ir a outro lugar?
— Não vamos dirigindo — ele disse. Transpôs o banco do motorista por cima do encosto e entrou no ônibus. — Então, vejamos... para onde iremos? — Passou o dedo pelas lombadas dos livros na seção de viagens, caminhou ao longo deles e leu em voz alta: — Paris, Chile, Roma, Argentina, México... 
— México. — Escolhi, decidida, e me ajoelhei no banco para observá-lo.
— México — assentiu Marcus. — Boa escolha! — Retirou o livro da prateleira e me olhou. — E aí? Você vem? O voo já vai partir.
Sorri e saltei por cima do assento do banco. Nos sentamos no chão, lado a lado, nos fundos do ônibus, e, naquele dia, fomos ao México.
Não sei se Marcus sabe como foi importante esse momento para mim. Em que medida ele, de fato, me salvou de mim mesma, do desespero absoluto. Talvez saiba e talvez fosse isso o que costumava fazer. Devia ser um anjo que entrou em minha vida no momento exato e me varreu de um terrível lugar para uma terra longínqua.

Foi nessa biblioteca que Tamara viu um livro que chamou sua atenção. Quando o pegou, logo se frustou, o livro era fechado a cadeado, mas ela consegue abrir com a ajuda da Irmã Ignatius. 
Foi nesse livro que começou a aparecer sua caligrafia, bem escrita, mostrando o "dia de amanhã".
Agora cabe a ela saber o que fazer com essa diário, se vai ficar com ele ou fazer seu próprio amanhã.

É um livro que fala de amor, da dor de perder alguem querido (nesse caso o pai), e do que pode ser feito o amanhã.
Gostei desse livro, gostei da narrativa dele e tudo mais.
Uma história com muito mistério do meio pro fim, e bem elaborada.
Depois que você começa a se envolver é difícil de largar o livro.
Gostei da maneira que Tamara amadureceu no decorrer da história, e até consegui desenvolver um carinho por ela, o que antes, acharia um absurdo.





Sobre a Autora:
Antes de engrenar na carreira de escritora, Cecelia Ahen se formou em jornalismo e comunicação. Aos 21 anos, escreveu seu primeiro romance, P.S. Eu Te Amo, que se tornou um best-seller internacional e foi adaptado para o cinema. Seus outros romances - A Vez da Minha Vida, Onde Terminam os Arco-íriss, Aqui é o Melhor Lugar, Se Você Me Visse Agora e, As Suas Lembranças São Minhas - Foram todos best-sellers #1.
Seus livros foram publicados em 46 países. Foram vendidas mais de 20 milhões de cópias no mundo todo. A autora mora em Dublin (Irlanda) com sua família.
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