sábado, 11 de outubro de 2014

Melhores Frases: Melancia - Marian Keyes




“Apesar de toda minha conversa sobre independência, eu era, de fato, do fundo do coração, uma pessoa muito romântica.” (Pág. 18)



“Eu podia mais ou menos lembrar a dor, mas ela não tinha mais o poder de me ferir.” (Pág. 20)



“Mas a banda continua a tocar mesmo quando ninguém está dançando.” (Pág. 22)



“Acho que existe uma parte no cérebro de uma pessoa – certamente há no meu – que se mantém de vigia em alguma elevação rochosa, no alto das montanhas, esperando sinais de perigo. E sinaliza de volta para o resto do cérebro, quando enxerga o perigo.” (Pág. 23)



“Até então, suponho que pensava que a vida repartia as coisas desagradáveis para mim em pequenos pedaços e espaços irregulares. Nunca me dava mais do que eu podia enfrentar de cada vez.” (Pág. 27)



“Se as pessoas se comportassem como vítimas, tonar-se-iam vítimas.” (Pág. 27)



“- E agora, o que eu faço? (...)
 - Você, simplesmente, tem de passar por tudo isso. (...). É só o que pode fazer. Não tende entender, você enlouqueceria.” (Pág. 50)



“Eu me sentia como se estivesse no inferno.
 E compará-lo com o inferno de outra pessoa não diminui em nada a dor do meu.” (Pág. 60)



“ Anna era como uma flor exótica, acostumada com climas tropicais e lançada de repente num país úmido e frio. Como poderia sobreviver? Só poderia desbotar e secar, e suas belas pétalas, de cores vivas, ficariam murchas e marrons, e desapareceria seu perfume delicado.” (Pág. 75)



“A paisagem do deserto muda muito gradualmente, enquanto leves brisas erguem grãos de areia e os movimentam, algumas vezes poucos centímetros, outras muito quilômetros, de modo que, no fim do dia, quando o sol se põe, a face do deserto está completamente diferente da paisagem que havia de manhã, quando o sol se levantou sobre ele. Do mesmo modo, minúsculas mudanças se passavam em mim.

Mas eram pequenas demais para que eu a notasse, enquanto iam acontecendo.” (Pág. 87)



“Se você deixa de tem alguém ou alguma coisa, sente sua perda e, depois, passado algum tempo, preenche o buraco que ficou em sua vida, a ausência, aos poucos, fica cada vez menor e, afinal, desaparece. Há um sentido na dor. Há um motivo e uma direção para ela.” (Pág. 92)



“Um pequeno período com o coração partido tem seu valor.” (Pág. 151)



“Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito.” (237)



“Como disse alguém certa vez – alguém infeliz, sarcástico, um misantropo: ‘Liberdade é apenas mais uma palavra para definir a situação de quem não tem mais nada a perder.’” (Pág: 273)



“Uma livraria para mim era como uma Caverna de Aladim. Mundos e vidas inteiros podem ser encontrados logo atrás das capas lustrosas. E tudo o que você precisa fazer é olhar” (Pág. 275)



“Relacionamentos frustrados podem ser descritos como muita maquilagem desperdiçada.” (Pág. 352)



“A pessoa deseja uma coisa tão profundamente, que dói. E então, quando essa coisa é obtida, embora precise de muita restauração, renovação, derrubada de paredes, nova fiação elétrica e canos novos, ela pensa: “Mas que diabo! Não quero mais isso. Vou me conformar com algo menor, sem jardim, pelo menos já pronto.”


“Não é sinal de fraqueza amar alguém e algumas vezes sentir-se inseguro. É humano.” (Pág. 433)



“Sabia que fizera a coisa certa. Pelo menos pensava ter feito. Mas acontece que aquilo era a vida real, e nenhuma decisão era inteiramente clara. Não é como virar no lugar certo e conseguir a felicidade para sempre ou virar no lugar errado e sua vida se tranformar num desastre. Na vida real, muitas vezes é quase impossível dizer qual a decisão que se deve tomar, porque o que se ganha e o que se perde muitas vezes são equivalentes.” (Pág. 440)



“Quisera deixar minha dor debaixo do meu travesseiro e descobrir que, de manhã, ela desaparecera. Nem me incomodaria, se não houvesse dinheiro algum deixado no lugar.
Mas não havia nenhuma cura mágica, não havia nenhuma Fada dos Relacionamentos. Já percebera isso há muito tempo.
Tinha de passar por aquilo sozinha. Percebi que precisava ser paciente. O tempo me permitiria saber se eu tomara a decisão certa.” (Pág: 444)



“Ninguém pode fazer o amor renascer, depois que este deu seu suspiro final.” (Pág. 449)



“Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?” (Pág.459)



“Ninguém sabe o quanto é forte, até precisar ser.” (Pág. 461)


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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Resenha: Melancia - Marian Keyes

Título: Melancia
Título Original: Watermelon
Autora: Marian Keyes
ISBN: 978-85-268-0916-5
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2012
Páginas: 490

Sinopse: Foi demais da conta para Claire o dia do nascimento da sua filha. Ao acordar no quarto do hospital depara com o marido olhando-a na cama. Deduzindo tratar-se de algum tipo de sinal de respeito, ela nem suspeita de que ele soltará a notícia da sua iminente separação: “Ouça, Claire, lamento muito, mas encontrei outra pessoa e vou ficar com ela. Desculpe quanto ao bebê e todo o resto, deixar você desse jeito...” Em seguida, dá meia-volta e deixa rapidamente o quarto. De fato, ele sai quase correndo. Com 29 anos, uma filha recém-nascida nos braços e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal! Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e um pai à beira de um ataque de nervos. Depois de muitos dias em depressão, bebedeira e choro, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. E começa a se sentir melhor. Aliás, bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece, paea convence-la a assumir a culpa por te-lo jogado nos braços de outra mulher. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...


***


Senhoras e senhores vos apresento Claire. Uma mulher como tantas de nós. Cheia de medos e insegurança, principalmente quando é obrigada a sair de sua zona de conforto, que foi o que de fato acontece e onde a história começa. É narrado em primeira pessoa, por ela mesma.

Claire tem um casamento perfeito, com um marido aparentemente perfeito também. Muito cuidadoso, dedicado, amoroso, enfim. Não cabem aqui tantos elogios a ele. E pra melhorar tudo isso está à espera de um lindo bebê. Uma menina.
Mas o que menos ela esperava acontece. Logo após seu parto quando tudo parece estar bem, seu marido, James, a deixa, dizendo que estar apaixonado por outra mulher e que está indo viver com ela.  Claire volta para a casa de seus pais, na calmaria de Dublin (ela morava em Londres com seu marido) e lá passa por um período de profunda tristeza, não estudo psicologia, mas diria que passou por uma depressão, passando pala fase de humilhação, profunda tristeza, e revolta (acho que não preciso me prolongar aqui sobre isso). Até que finalmente chega o dia em que ela de fato “acorda do coma”, e começa a reconstruir sua vida, para ajudar no processo ainda conhece um rapaz um pouco mais novo, Adam para levantar sua auto estima, e fazer com que ela se sinta uma mulher atraente e desejada novamente. Incrível como as coisas acontecem. Quando tudo realmente parece ficar bem, seu marido aparece em Dublin, achando ela que para resolverem as coisas do divorcio, mas para sua surpresa, não sabendo mais ela, se surpresa boa ou ruim, ele quer reatar com ela. Claro que para ela seria muito cômodo e aparentemente certo voltar com ele, afinal eles tinham uma filha e seria justo com ela que crescesse num lar com um pai e uma mãe. Ela resolve reatar, mas por obra do destino, ou não, ela vai descobrindo pelos amigos outra versão da que James contou a ela justificando o motivo que o levou a troca-la por outra, onde ela vai ter que repensar em tudo novamente.

Um livro inteiramente apaixonante. Te instiga a tomar suas decisões por mais difíceis que sejam, e por medo dessa decisão ser a errada optamos pelo mais cômodo, o que vai causar menos danos a nós e os outros, mas infelizmente, nem sempre esse é o melhor caminho. Aquela velha e tão conhecida frase que ouvimos pelo menos três vezes (no mínimo) em nossas vidas: “Tudo passa”. E quando passa, tudo fica mais claro. E vemos que foi feito o que realmente teria que ter sido feito (Parei! Começou a ficar clichê demais isso aqui). É aquele livro que te diverte, mas também te faz refletir sobre certas coisas da vida.

O universo é maravilhosamente incrível e tão natural, tão perto da normalidade. Refiro-me não somente a história em si, mas nos personagens. São tão reais. Mas o final me “decepcionou” um pouco por fugir um pouco dessa realidade tão viva durante o livro. Um fim para os românticos que adoram sonhar e acredita que no fim tudo sempre dá certo. Mas quem disse que não da? ;)

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