sexta-feira, 21 de março de 2014

Resenha: Sushi - Marian Keyes

Título: Sushi
Título Original: Sushi for Beginners
Autor: Marian Keyes
ISBN: 978-85-286-1077-2
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2012
Páginas: 574

Sinopse: "Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo.

***

O livro é narrado em terceira pessoa, e conforme dito acima, a história gira ao redor de três mulheres: Ashling, Lisa e Clodagh. Cada uma com uma personalidade marcante e suas particularidades. Começarei falando de Lisa, uma mulher que vive para o trabalho e até seu relacionamento foi afetado por isso. Tem uma resposta na ponta da língua pra tudo. Arrogante e decidida, não mede esforços para conseguir o que quer.
Ashling. Ah, Ashling. a senhorita quebra-galho, que anda com um kit de primeiro socorros na bolsa e está sempre disposta a ajudar quem quer que seja. Superticiosa, adora um tarô, horóscopo e seu buda da sorte. Às vezes se pega deprimida por não poder resolver os problemas do mundo, como por exemplo, abrigar e conseguir um emprego para todos o moradores de rua.
E por fim, Clodagh. A mulher "perfeita", com a vida aparentemente perfeita. Vive pra Dylan, seu marido lindo, romântico, trabalhador e dois filhos não tão calmos e compreensivos. Anda inquieta, reformando cômodos da casa em períodos muito curtos de tempo, pois precisa de mudanças, provavelmente na vida também.

Gostei bastante do livro. O primeiro que li da Marian Keyes e se outros tiverem o mesmo "espirito", já virei fã.
A história é legal, você ama ou cria antipatia pelos personagens, em algum momento você se identifica com algum deles. Ri e chora. Quantas vezes numa página que te deixa um pouco tensa, vem seguida de uma gargalhada?!
Tenho que falar sobre o título. O original se chama "Sushi para Iniciantes", achei que ficaria melhor se tivessem utilizado ele. Ou "Salsa e Sushi". Lá na frente vocês vão entender e se deliciar quando descobrirem o porquê.







Sobre a Autora: Marian Keyes é uma das romancistas irlandesas mais bem sucedidas de todos os tempos. Estudou direito e contabilidade. embora sem nunca ter exercido a profissão. Morou em Londres por muitos anos, trabalhando ora como garçonete ora em escritórios. Neste mesmo período começou sua luta contra o vício do alcoolismo e, inclusive, uma tentativa de suicídio . Depois de vencida a batalha, alcançou o sucesso como escritora. Embora ela não tinha intenção de alguma vez escrever um romance.
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sábado, 15 de março de 2014

Melhores Frases/ Trechos Marcantes: Sushi - Marian Keyes



"As pessoas sempre gravitam em direção aos seus afins." (Pág. 38)



"Não podia me dar o que eu queria, mas isso não é motivo para eu ter ódio dele." ( Pág. 47)



"Tudo o que Ashling sabia era que quase nunca se sentia completa. Mesmo nos seus momentos de maior realização, algo permanecia eternamente ausente, lá no mais íntimo do seu ser. Como aquele pontinho semelhante a um orifício que fica no negro da tela quando a televisão é desligada a noite." (Pág. 53)



"Desde que ele fora embora, a solidão soprava por dentro dela como um vento frio e triste." (Pág. 59)



"Lisa percorria o caminho sombrio de sua vida como uma sonâmbula. Embora uma sonâmbula bem-vestida e prepotente." (Pág. 95)



"Quando Deus fez o tempo, fez em boa quantidade." (Pág. 104)



"Se por um lado Ashling de fato pensava em coisas virulentas, por outro raramente se permitia dar vazão a elas, devido à nervosa suspeita de que tudo que vai, volta." (Pág. 105)



"Ninguém pode ser bom em tudo. Sou equilibrada." (Pág. 110)



"Os passos eram bastante básicos. Era a elegância com que a pessoa os executava que fazia a diferença." (Pág. 111)



"A depressão era um sentimento que acometia os outros quando suas vidas deixavam a desejar em termos de brilho. O mesmo que solidão. Ou tristeza." (Pág. 175)



"Ele devia ser o tipo de pessoa cujo poder de atração cresce com o convívio." (Pág. 293)



"- Você não gosta de mim o bastante para brigar comigo.
 Jack fixou nela seus olhos sombrios, e esperou um bom tempo antes de dizer a inegável verdade:
 - Mas, quando as pessoas se gostam, não devem viver apertando o pescoço uma da outra.
 - Conversa fiada – Disse Mai, veemente. – Se as pessoas não brigam, não fazem as pazes. Todos aqueles gritos e portas batidas mantêm a nossa paixão acesa. 
Jack escolheu com todo cuidado as palavras que diria em seguida. Com uma delicadeza insuportável, aventou:
 - Ou talvez apenas disfarcem o fato de que o sentimento não é tão grande assim." (Pág. 357)



"Todos aqueles meses separados sofreram um efeito-sanfona , que os condensou em menos de um segundo." (Pág. 360)



"O primeiro beijo foi frenético, um choque de dentes contra dentes. Tentando fazer coisas demais de uma só vez, ele puxou os cabelos dela, puxou seu spencer, beijou-a com força excessiva e, logo em seguida, arrancou a própria camisa.
- Peraí, peraí, peraí. – Parecendo exausto, encostou as costas nuas na porta.
- Que foi? – Murmurou ela, embotada à vista de seu peito musculoso e brunido.
- Vamos começar de novo. – Ele a puxou contra si com toda a delicadeza. Ela escondeu o rosto em seu peito. O cheiro especial de Oliver. Até então esquecido, mas logo relembrado por seu olfato com um impacto estupidificante, imperioso. Apimentado, a um tempo doce e picante, algo único e indescritível que não vinha de nenhum sabonete, colônia ou roupa. Um cheiro que era simplesmente ele. A sensação de familiaridade trouxe-lhe lágrimas aos olhos.
Com uma fragilidade intolerável, ele depôs um beijo no canto de sua boca. Como se fosse pela primeira vez. Em seguida, outro beijo, enquanto roçava o nariz em sua face. E mais outro. Avançando lentamente para o centro, criando um prazer que era quase indistinguível de dor.
Sem se mover, quase sem respirar, ela o deixava aplicar seus beijos." (Pág.366 e 367)



"Com Oliver, não era preciso assumir o comando da situação. Ele sabia exatamente o que fazer. E ninguém fazia melhor." (Pág. 367)



"Ela conseguiu rir por entre as lágrimas, mas sua garganta doía como se estivesse entalada com um pedregulho." (Pág. 371)



"Existem outras coisas na vida além de ser a melhor." (Pág. 391)



"A falta de imaginação era um grande trunfo, pois impedia que a pessoa enlouquecesse." (Pág. 405)



"Cada detalhe de sua linguagem corporal era um convite." (Pág. 450)



"- Só consigo enxergar as coisas tristes. E estão em toda parte. Somos como os sobreviventes de uma guerra, nós, a raça humana inteira." (Pág. 493)



"- As revelações são como os ônibus, não são? - Perguntou, maravilhada. - Não passa nenhum durante horas e, de repente, passam três de uma vez." (Pág. 542)



"Eu gostava dele, mas, em parte, pelas razões erradas." (Pág. 543)



"No começo não se dera conta, limitando-se a supor que se tratasse de um episódio isolado. Seguido por outro episódio isolado. E mais outro. Mas em que momento um conjunto de episódios isolados deixa ser um conjunto de episódios isolados para se transformar numa série?" (Pág. 548)



" - Jack, posso te perguntar por que você quer ter um... Você sabe... Comigo?
Ela levantou os olhos para ele no mesmo momento em que os dele voltavam para ela, e os dois olheres se chocaram com força. Ela ficou sem fôlego e sentiu uma onda de excitação, como se minúsculos peixinhos subcutâneos mordiscassem sua pele.
 - (..) Você está interferindo no meus planos de dominar o mundo.
Mas o que isso queria dizer?
 - Não consigo pensar em mais nada além de você. - Disse ele, com a máxima naturalidade. - Está afetando tudo." (Pág. 550)



"- Tudo bem - Ele assentiu, lendo nas entelinhas. - Que tal ir à minha casa? Você disse que me ensinaria a dançar.
Ela nunca disse tal coisa, mas deixou passar.
 - Eu ainda acho que você gostaria de sushi, se me desse um voto de confiança - acrescentou ele, melancólico.
 - Todos os votos de confiança que você quiser." (Pág. 551)



"Sobre uma pequena mesa, ele dispusera os pauzinhos, o molho se soja, o gengibre e os demais apetrechos e ingredientes, e então, com um capricho exasperante, pôs-se a preparar os rolinhos de arroz para Ashling.
- Não é nada exótico demais - assegurou ele. - É sushi para...
- ... iniciantes, já sei. - Ela se sentiu profundamente comovida, de uma maneira que teria sido impossível seis meses antes, quando sua alma estava com defeito." (Pág. 552)



"Com os olhos na altura do queixo dele, ela pensou distaída: Ele precisa fazer a barba. Era importante pensar em coisas normais num nomento desses. Porque, em outro canto de sua consciência, rolava outro tipo de pensamento." (Pág. 554)

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