domingo, 29 de setembro de 2013

Resenha: A Ultima Grande Lição - Mitch Albom


Título: A ultima grande lição - O sentido da vida
Título Original: Tuerdays with Morrie
Autor: Mitch Albom
Edição: 1
ISBN: 8586796077
Editora: Sextante
Ano: 1998
Páginas: 160

Sinopse:Cada um de nós teve na juventude uma figura especial que, com paciência, afeto e sabedoria, nos ajudou a escolher caminhos e olhar o mundo por uma perspectiva diferente. Talvez tenha sido um avô, um professor ou um amigo da família – uma pessoa mais velha que nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros.
Para Mitch Albom, essa pessoa foi Morrie Schwartz, seu professor na universidade. Vinte anos depois, eles se reencontraram quando o velho mestre estava à beira da morte. Com o contato e a afeição restabelecidos, Mitch passou a visitar Morrie todas as terças-feiras, tentando sorver seus últimos ensinamentos.
Durante quatorze encontros, eles trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humana. Através das ágeis mãos de Mitch e do bondoso coração de Morrie nasceu esta obra, que nos transmite maravilhosas reflexões sobre amor, amizade, medo, perdão e morte.


***

Ganhei esse livro de uma pessoa muito especial para mim. Sempre que começava a ler, algo sempre interrompia minha leitura. Hoje, finalmente, terminei e tenho que confessar, não exageraram em nada quando disseram que esse era um livro que poderia mudar vidas, repensar sobre valores, abrir nossos olhos e nos fazer enxergar o que é realmente importante.
Esse livro foi escrito por Mitch Albom, com a intenção não só de mostrar o real sentido da vida, mas também para que com o dinheiro, pudesse pagar as despesas com o tratamento da doença que aos poucos ia tirando a vida seu 'treinador'.

Mitch, era jovem que sonhava em ser um famoso musico, e teve seu sonho deteriorado. Resolveu voltar a estudar, formando-se em jornalismo, trabalhou muito, era colunista de uma agência e escrevia livros sobre esportes. Era muito solicitado em seu meio. Um dia, em sua casa, passando os canais na TV, algo prendeu sua atenção. Estava sendo entrevistado em um programa, Morrie Schwartz.
Morrie tinha sido um querido professor de Mitch, e agora sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença implacável, degenerativa e fatal que afeta o sistema nervoso.
Mitch decide ir visitar Morrie, pois tinham um grande elo de amizade. Com as visitas inicias e o vinculo só crescia, eles começam a se encontrar todas as terças-feiras.

"As últimas aulas da vida do meu velho professor foram dadas uma vez por semana em casa dele, ao pé de uma janela do estúdio de onde ele podia olhar um hibisco pequenino lançar suas folhas róseas. As aulas eram às terças-feiras, depois do café da manhã. O assunto era O Sentido da Vida. A lição era tirada da experiência.
Não havia notas, mas havia exames orais toda semana. O professor fazia perguntas, e o aluno também podia perguntar. O aluno devia também praticar atividades físicas de vez em quando, tais como colocar a cabeça do professor em posição confortável no travesseiro ou ajeitar os óculos dele no cavalete do nariz. Beijar o professor antes de sair contava ponto.
Não havia compêndios, mas muitos tópicos eram debatidos – amor, trabalho, comunidade, família, envelhecimento, perdão e, finalmente, morte. A última palestra foi breve, só algumas palavras. Em vez de colação de grau, um enterro.
Mesmo não havendo exame final, o aluno devia apresentar um trabalho extenso sobre o que ele aprendera. Esse trabalho é apresentado aqui.
O derradeiro curso da vida do meu velho professor só teve um aluno. Que sou eu." 

Nesses encontros eram abordados diversos assuntos, sobre morte, remorso, emoções, família, dinheiro, o medo de envelhecer, entre outros. De vez em quando, Mitch tinha que mudar Morrie de posição na cadeira, ajeitar sua cabeça, limpar alguma saliva que escorria pelos cantos da boca, por conta da doença que deixava Morrie cada dia mais debilitado e dependente. Todas as conversas eram gravadas por Mitch, até o ultimo momento que estiveram juntos.
Tenho muito o que falar desse livro, mas peço somente, que leiam. Tudo mais que colocar aqui poderá tornando "sem graça" algum momento do livro.
É uma verdadeira lição, sobre valores que estão sendo perdidos cada vez mais em nossa sociedade.
Morrie  dizia que nunca queria ser esquecido, e tenho certeza, que por mim e milhares de leitores, nunca será.
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domingo, 1 de setembro de 2013

Trechos Marcantes: A Última Grande Lição - Mitch Albom






"O universo é demasiado harmônico, grandioso e avassalador para se acreditar que é tudo obra do acaso." (Pág. 11) 



"Aceitar o passado como passado, sem negá-lo nem descartá-lo." (Pág. 28)



"- Estar morrendo é apenas uma circunstância triste, Mitch. Viver infeliz é diferente. Muitas das pessoas que me visitam são infelizes.

- Por quê?
- Porque a cultura que temos não contribui para que as pessoas estejam satisfeitas com elas mesmas. Estamos ensinando coisas erradas. E é preciso ser forte para dizer que, se a cultura não serve, não interessa ficar com ela. Que é melhor criar a sua própria. A maioria das pessoas não consegue fazer isso. São mais infelizes do que eu, mesmo na situação em que estou. Posso estar morrendo, mas cercado de almas amorosas e dedicadas. Quantos podem dizer o mesmo?" (Pág. 39)



"- A vida é uma série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra. Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas como inquestionáveis, mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como absoluto. Tensão de opostos, como o estiramento de uma tira de borracha. A maioria de nós vive mais ou menos no meio.
- Parece luta livre - pondero.
- Luta livre - ele repete e ri. - É. Pode-se definir a vida dessa forma.
- E que lado vence? - pergunto.
- Que lado vence?
Ele sorri pra mim, os olhos enrugados, os dentes tortos.
- O amor vence. Sempre." (Pág. 42)



"- O mais importante na vida é aprender a dar amor e a recebê-lo.
A voz dele reduziu-se a um murmúrio.
- Deixe o amor vir. Pensamos que não merecemos amor; pensamos que, se nos abrirmos a ele, nos enfraqueceremos. Mas um sábio chamado Levine disse a palavra certa: 'O amor é o único ato racional'."
(Pág. 52)




"Ás vezes, não acreditamos no que vemos e precisamos acreditar no que sentimos. E, se quisermos que os outros confiem em nós, precisamos sentir que nós confiamos neles. Mesmo que estejamos no escuro. Mesmo quando estamos caindo." (Pág. 58) 



"O professor se liga à eternidade; ele nunca sabe onde cessa a sua influência. - HENRY ADAMS" (Pág. 72) 



"- A verdade Mitch, é que não existe base - continuou -, não existe um fundamento sólido no qual as pessoas possam se apoiar hoje em dia, a não ser a família. [...] Quem não tem o apoio, o amor, os cuidados de uma família, não tem muito com o que contar. O amor é supremamente importante. Como disse nosso grande poeta Auden, "amem-se uns aos outros ou pereçam".
[...]
É bom não acha? E é tão verdadeiro. Sem amor, somos pássaros de asas quebradas." (Pág.81)



"-...À medida que se cresce, aprende-se mais. Se ficássemos parados nos vinte e dois anos, ficaríamos sempre ignorantes como quando tínhamos vinte e dois anos. Envelhecer não é decair fisicamente. É crescer. É mais do que o fato negativo de que se vai morrer, é também o fato positivo de que se compreende que se vai morrer e que se pode viver melhor por causa disso." (Pág. 101) 



- ... Mas, se envelhecer fosse tão valioso porque as pessoas vivem dizendo "Ah, se eu ainda fosse jovem..."? Nunca ouvimos alguem dizer "Quem me dera já ter sessenta e cinco!".
Ele sorriu e acrescentou:
- Sabe o que significa isso? Vidas insatisfeitas. Vidas sem realizações. Vidas que não encontraram um sentido. Quem encontra um sentido para a vida não deseja voltar atrás. Deseja ir em frente. Quer ver mais, fazer mais. Não se pode ficar esperando aos sessenta e cinco.
- Ouça - disse ele. - Você precisa saber uma coisa. Todas as pessoas mais jovens precisam saber disso. Quem passa o tempo batalhando contra o envelhecimento sempre será infeliz, porque o envelhecimento é inexorável. E, Mitch? - Ele abaixou a voz. - A verdade é que você vai morrer um dia." (Pág. 102)



"... Precisamos descobrir o que existe de bom e verdadeiro e belo em cada fase da nossa vida." (Pág. 103) 



" Faça aquilo que vem do coração - disse ele. - Fazendo, não ficará insatisfeito, não sentirá inveja, não estará aspirando a bens que pertencem a outros. Pelo contrário, ficará assombrado com o que receberá de volta." (Pág. 109) 



" E é pelo amor que vivemos, mesmo depois de mortos." (Pág. 113)


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